O autor apresenta-nos novos contos para viajar. O Homem a quem chamavam Falcão, A armadilha, A gargalhada, Os cães, É doce morrer no mar, O homem sem coração e Não há fim constituem alguns exemplos. São vinte contos breves, com cenários de África e personagens anónimas que desconhecem o seu destino e «viajam» à deriva, sempre à descoberta do mundo. Todas elas são Passageiros em Trânsito.
- A vida é uma corrida, meu filho. Quem olha para trás enquanto corre arrisca-se a tropeçar.
Eu não olho para trás. Avanço por vezes de olhos fechados, e tropeço, como os outros, e eventualmente caio, mas não olho para trás. Nunca fui pessoa de cultivar saudades. Não colecciono álbuns de fotografias, e jamais guardei pétalas secas entre as páginas de velhos livros. Sigo sempre em frente. Quando me perguntam para onde vou encolho os ombros. Rio-me:
- Adiante» - (Um Ciclista)
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