ABANCATILÊ

Blogue da Rede de Bibliotecas de São Brás de Alportel


Comentários à crítica do livro "Rimas" de Catarina Cardoso. Crítica do Rodrigo.

Comentários à crítica do livro "Não faças isso, Rita Salpico!" de vários autores. Crítica do Rodrigo.

Leitura da Semana - "Não faças isso, Rita Salpico!"

Vários, Lisboa, Livros Horizonte, 1999

Esta semana trouxe um livro da biblioteca para ler em casa. O título é "Não faças isso, Rita Salpico!".

A história fala de uma menina chamada Rita que fazia asneiras a toda a hora. Por isso, a mãe tinha que se zangar muitas vezes com ela e estava sempre a dizer-lhe: não faças isso, Rita Salpico!
Gostei muito deste livro.


Rodrigo
28/09/2008




Leitura do Dia - "Rimas"
Catarina Cardoso, Rio de Mouro, Everest Editora, 2005

Quando cheguei a casa fui ao meu quarto à procura de um livro para ler. Encontrei um com muitas rimas e peguei nele. Sentei-me no sofá da sala e li todas até ao fim. Algumas já conhecia. Gostei muito deste livro.

Rodrigo
18/09/2008


Trans-Siberian Orchestra - Christmas Canon



NOTA: Devido ao tamanho do vídeo, o mesmo poderá levar, dependendo do tipo e da velocidade da sua ligação, algum tempo a carregar totalmente.




Excerto do concerto da Trans-Siberian Orchestra em 1998 no "Landmark Lowes theatre" situado na cidade de Nova Jérsia (EUA) que inclui a música "Christmas Canon".

Vozes: Drabik, Shoshana Frishberg, Julia George, Jack Gibson, Nina Gottlieb, Erick Hernandez, Michelle Repella, Anton Spivack, Marilina Acosta, Brendan Burgess e Julian.


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NOTA: Este excerto do concerto da Trans-Siberian Orchestra em 1998 no "Landmark Lowes theatre" situado na cidade de Nova Jérsia (EUA) que inclui a música "Christmas Canon" inserida no CD "The Christmas Attic", propriedade da editora Lava, é aqui utilizado invocando o direito de reprodução previsto no "United States Copyright Act of 1976" (Estados Unidos da América) e o "Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos" (Art.º 75).


'The Christmas Attic' © 1998 Lava/Paul O'Neill/Trans-Siberian Orchestra ; Full Credits: Jody Ashworth, Joe Cerisano, Katrina Chester, Marlene Danielle, Thomas Faresse, Peggy Harley, Daryl B. Pediford (vocals); Al Pitrelli (guitar, bass, background vocals); Paul O'Neill, Chris Caffery (guitar); Jon Oliva (piano, keyboards, bass, background vocals); Robert Kinkel (piano, keyboards, background vocals); John Middleton (bass); Jeff Plate (drums); Maurice Lauchner, Timara Sanders, Zak Stevens, Doug Thoms, Yolanda Wyns (background vocals).


Comentários a "A Percepção do Poeta" de Fernando Pessoa in 'Ideias Estéticas - Da Literatura'.

Comentários a "Não consideres petulante um autor quando diz que os outros lhe não interessam nada. (...)" de Vergílio Ferreira in 'Escrever'.

Comentários a "Todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora. A diferença é (...)" de Vergílio Ferreira in 'Escrever'.

Comentários a "Há os livros que antes de lidos já estão lidos. Há os que se lêem todos e ficam logo lidos todos. E há os que nos regateiam a leitura e que pedimos humildemente que se deixem ler todos e (...)" de Vergílio Ferreira in 'Escrever'.

Comentários a "Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. (...)" de Fernando Pessoa in 'Livro do Desassossego'.

Comentários a "Uma literatura que não respire o ar da sociedade que lhe é contemporânea (...)" de Alexander Soljenitsyne in 'Os Direitos do Escritor'.




Em Novembro, uma selecção de crónicas, contos e poemas de Carlos Drummond de Andrade, são a leitura do nosso Clube.



Carlos Drummond de Andrade, 1902-1987

A simplicidade é um ponto ético


No DN Artes de 31 de Outubro de 2002, o jornalista António Valdemar sublinhava o centenário de nascimento do poeta com estas palavras:

Drummond é sempre Drummond. Tem uma escrita própria, uma posição crítica e um humor desconcertante em face das questões fundamentais do mundo e da realidade brasileira. Património do universo lusófono, do espaço plural da língua portuguesa…
A sua vida e obra (1902-1987) acompanharam as metamorfoses do século XX. Permaneceu sempre no Brasil entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Era, contudo, um cidadão do mundo: rejeitava o nacionalismo político, a ortodoxia religiosa, a organização militar, a moral conservadora. Defendia o pluralismo de opinião, apostava no progresso, insurgia-se perante a contemplação estática do passado, valorizava os desafios do futuro.


Publicou pela primeira vez em 1930 sob o título “Alguma poesia” e o seu último livro data de 1985 e foi editado com o título “Amar se aprende amando”.

Homem sóbrio e discreto, cultivava a arte da simplicidade como objectivo estético e ético. É célebre o seu comentário «entre dois adjectivos devemos escolher um substantivo».

"(...) Penetra surdamente no
reino das palavras
Lá estão os poemas que
esperam ser escritos.

Estão paralisados, mas não
há desespero,
há calma e frescura
na superfície intacta.
Ei-los sós e mudos, em
estado de dicionário (...)


Durante sete anos, de 1979 a 1986, a crónica que publicava no Jornal do Brasil, foi transcrita para o Jornal do Fundão onde era lida por um público fiel.

Fernando Cristóvão, publicou também no DN Cultura de 23 de Agosto de 1987, ano em que Drummond faleceu, um comentário em que considera a sua obra incomum, perturbadora e que dificilmente se enquadra e classifica.
A sua poesia é uma constante interrogação, em recusa permanente ao instituído pelo poder e academias, pois as respostas devem ser conquistas, não como jogo de retórica mas como o método de encarar e compreender a realidade. As palavras são agentes criadores e na luta com as palavras se chega às ideias e ao ser.

Em 30 de Outubro de 1970, Jorge de Sena no poema “A Drummond quando fizer setenta anos” lamentava o facto de nunca ter recebido um prémio literário significativo:

(…)
Os Castros de Ferreira mais Amados Jorges
partilham prémios do Lácio de Paris – a ti coisa nenhuma
(…)
O maior, todos concordam.
Mas em crónica
como em poesia tens cultura a mais, poesia a mais, humanidade a mais,
e dignidade a mais – a ti coisa nenhuma.


Resumo Biográfico

1902 – Carlos Drummond de Andrade nasce a 31 de Outubro, nono filho de um casal que descendia dos primeiros povoadores de Itabira, descendentes de portugueses, em Minas Gerais
1910 – Inicia os estudos primários.
1916/19 - Estuda em vários colégios.
1920 – Passa a residir com a família em Belo Horizonte.
1923 – Matricula-se na Escola de Odontologia e Farmácia
1924 – Inicia relações intelectuais com Manuel da Bandeira e correspondência com Mário de Andrade.
1925 - Conclui o Curso de Farmácia e casa-se.
1926 – Ensina Geografia e Português em Itabira e é jornalista no Diário de Minas
1934 – Vai para o Rio de Janeiro como chefe de gabinete do novo ministro da Educação e Saúde Pública
1945 – Colabora nos suplementos literários do Correio da Manhã e na Folha Carioca. A convite de Luís Carlos Prestes é co-director do Tribuna Popular, novo diário comunista.
Começa a trabalhar na Directoria do Património Histórico e Artístico Nacional.
1946 – Prémio do conjunto da obra da Sociedade Felipe D’Oliveira.
1949 – Participa na Associação Brasileira de Escritores, mas desliga-se devido a motivos políticos
1954 – Inicia no Correio da Manhã as crónicas “Imagens”, até 1969
1961 – Nomeado para a comissão de Literatura do Conselho Nacional de Cultura.
1962 – Aposenta-se da DPHAN.
1964 – Começa as visitas, aos sábados, à Biblioteca Plínio Doyle, de que resultam os encontros definidos por Drummond de “ Sabadoyle”.
1974 – Prémio de Poesia da Associação Paulista de Críticos Literários.
1975 – Prémio Nacional Walmap de Literatura. Recusa o Prémio Brasília de Literatura.
1979 – O Jornal do Fundão começa a publicar a sua crónica semanal do Jornal do Brasil.
1980 – Prémios Estácio de Sá, de Jornalismo e Prémio Morgado Mateus (Portugal), de poesia.
1982 – Faz 80 anos. Exposições comemorativas na Biblioteca Nacional e na Casa Rui Barbosa.
1984 – Encerra a carreira de cronista após 64 anos de jornalismo.
1987 – A 5 de Agosto morre a sua única filha e a 17 falece o poeta.

Camões

Dos heróis que cantaste, que restou
senão a melodia do teu canto?
As armas em ferrugem se desfazem,
os barões nos jazigos dizem nada.
É teu verso, teu rude e teu suave,
balanço de consoantes e vogais,
teu ritmo de oceano sofreado
que os lembra ainda e sempre lembrará.
Tu és a história que narraste, não o simples narrador. Ela persiste
mais em teu poema que no tempo neutro,
universal sepulcro da memória.
Bardo, foste os deuses mais as ninfas,
as ondas em fúria, céus em delírio,
astúcias, pragas, guerras e cobiças,
lodoso material fundido em ouro.
Multissexual germinador de assombros,
na folha branca vieste demonstrando
o que ao homem, na luta contra o fado,
cabe tentar, cabe vencer, perder,
e nisto se resume a irresumível humana condição
no eterno jogo sem sentido maior que o de jogar.
E quando de altos feitos te entedias
e voltas ao comum sofrer pedestre
do desamado, não te vejo a ti perdido
de saudades de desdéns. Luís, homem estranho,
que pelo verbo és, mais que amador o próprio amor
latejante, esquecido, revoltado, submisso,
renascente, reflorindo em cem mil corações
multiplicado. És a linguagem. Dor particular
deixa de existir para fazer-se dor de todos
os homens, musical na voz de órfico acento, peregrina.
Que pássaro lascivo se intercala no queixume
sutil da tua estrofe e não se sabe mais se é dor, delícia,
e espinho, afago, e morte, renascença?
Volúpia de gemer, e do gemido
destilar a canção consoladora
a quantos de consolo careciam
e jamais a fariam por si mesmos?
(Amaldiçoado dia de nascer
Que em bênçãos para nós se converteu!)
Já tenho uma palavra pré-escrita
Que tudo exprime quanto em mim se turva.
Pelos antigos e pelos vindouros,
Foste discurso de geral amor,
Camões oh som de vida ressoando
em cada tua sílaba fremente
de amor e guerra e sonho entrelaçados.”
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CLUBE DE LEITURA
Leituras de 2008

Comentários à critica do livro "O Viajante Cego" do autor norte-americano, vencedor do Prémio Van Zorn, Jason Roberts. Crítica de Fátima Sousa

Comentários à critica da obra do falecido poeta, contista e cronista brasileiro, Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Crítica de J. P. Cruz

Comentários a "A Memória da Leitura" de Marcel Proust in 'O Prazer da Leitura'.

Comentários a "Excesso de Leitura" de Nicolas Malebranche in 'Procura da Verdade'.

Comentários a "O que se escreve sobre o LER" de Sandor Márai in 'A Mulher Certa'.

Comentários à crítica do livro "Uma História de Amor e Trevas" do autor Israelita, Amos Oz. Crítica de Tecas

Comentários à crítica do livro "O Algarve" do autor português, Manuel Teixeira Gomes. Crítica de J. P. Cruz

Comentários à crítica do livro "Os Retornados: um amor nunca se esquece" do autor e jornalista português, Júlio Magalhães. Crítica de Fátima Sousa

Comentários à crítica do livro "A Sombra do Vento" do autor espanhol, Carlos Ruiz Zafón. Crítica de martin jusefus

Comentários à critica da obra do falecido escritor e jornalista húngaro, Sandor Marai (1900-1989). Crítica de martin jusefus

A Nossa Vida como um Conjunto de Metáforas

Pensemos, por exemplo, nos grandes escritores. Podemos orientar a nossa vida por eles, mas não podemos extrair das suas obras o elixir da vida. Eles deram uma forma tão rígida àquilo que os moveu que tudo isso está ali, mesmo nas entrelinhas, como metal laminado. Mas, que disseram eles na verdade? Ninguém sabe. Eles próprios nunca o souberam explicar cabalmente. São como um campo sobre o qual voam as abelhas; e ao mesmo tempo, eles são esse próprio voo. Os seus pensamentos e sentimentos assumem toda a escala da transição entre verdades ou erros que, se necessário, podem ser demonstrados, e seres mutáveis que se aproximam ou afastam de nós quando os queremos observar.

É impossível destacar o pensamento de um livro da página que o encerra. Acena-nos como o rosto de alguém que passa rapidamente por nós, numa fila com outros rostos, e por um instante surge carregado de sentido. Estou outra vez a exagerar um pouco. Mas agora queria perguntar-lhe: que coisa acontece na nossa vida que não seja aquilo que acabo de descrever? Não falo das impressões mais exactas, mensuráveis e definíveis; todos os outros conceitos em que baseamos a nossa vida não passam de metáforas que ficaram cristalizadas. Entre quantas ideias não oscila e paira um conceito tão simples como o da virilidade? E como um sopro que muda de forma a cada respiração, e nada é estável, nenhuma impressão, nenhuma ordem. Se, como eu disse, pomos de lado na literatura aquilo que não nos convém, tudo o que fazemos é reconstituir o estado original da vida.

Robert Musil, in 'O Homem sem Qualidades'


Uma literatura que não respire o ar da sociedade que lhe é contemporânea, que não ouse comunicar à sociedade os seus próprios sofrimentos e as suas próprias aspirações, que não seja capaz de perceber a tempo os perigos morais e sociais que lhe dizem respeito, não merece o nome de literatura; quando muito pode aspirar a ser cosmética.

Alexander Soljenitsyne, in "Os Direitos do Escritor"





Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Fernando Pessoa, in "Livro do Desassossego"



Há os livros que antes de lidos já estão lidos. Há os que se lêem todos e ficam logo lidos todos. E há os que nos regateiam a leitura e que pedimos humildemente que se deixem ler todos e não deixam e vão largando uma parte de si pelas gerações e jamais se deixam ler de uma vez para sempre.

Vergílio Ferreira, in "Escrever"



Todo o escritor que é original é diferente. Mas nem todo o que é diferente é original. A originalidade vem de dentro para fora. A diferença é ao contrário. A diferença vê-se, a originalidade sente-se. Assim, uma é fácil e a outra é difícil.

Vergílio Ferreira, in "Escrever"



Não consideres petulante um autor quando diz que os outros lhe não interessam nada. Pensa apenas que não é o que os outros fazem que ele quereria fazer. E não o julgues petulante mas honesto. Ou humilde.

Vergílio Ferreira, in "Escrever"



A Percepção do Poeta

Sim, o que é o próprio homem senão um cego insecto inane a zumbir (?) contra uma janela fechada; instintivamente sente para além do vidro uma grande luz e calor. Mas é cego e não pode vê-la; nem pode ver que algo se interpõe entre ele e a luz. De modo que preguiçosamente (?) se esforça por se aproximar dela. Pode afastar-se da luz, mas não pode ir além do vidro. Como o ajudará a Ciência? Pode descobrir a aspereza e nodosidade próprias do vidro, pode chegar a conhecer que aqui é mais espesso, ali mais fino, aqui mais grosseiro, ali mais delicado: com tudo isto, amável filósofo, quão mais perto está da luz? Quão mais perto alcança ver? E contudo, acredito que o homem de génio, o poeta, de algum modo consegue atravessar o vidro para a luz do outro lado; sente calor e alegria por estar tão mais além de todos os homens (?), mas mesmo assim não continuará ele cego? Está ele um pouco mais perto de conhecer a Verdade eterna?

Fernando Pessoa, in "Ideias Estéticas - Da Literatura"



O que se escreve sobre o LER!

..." só consegues tirar alguma coisa dos livros, se fores capaz de pôr algo teu no que estás a ler...só se te entregares à leitura como a um duelo, como quem se mostra disposto a ferir e ser ferido, a polémicas, a convencer e ser convencido e, depois, enriquecido com o que tirou dos livros, disso se serve para construir qualquer coisa na vida ou no trabalho...Dei por mim a pensar, um dia, que já nada punha de meu nas minhas leituras. Que eu lia como alguém que numa cidade estrangeira, para passar o tempo, se refugia num museu e numa educada indiferença. Contempla os objectos expostos. Lia como se houvesse um sentido do dever: saía um livro, falava-se dele, era preciso ler. E lia...Houve um tempo em que a leitura era para mim uma autêntica experiência, o meu coração cavalgava quando tinha nas mãos um livro recém-saído de escritores que eu conhecia, um novo livro era como um encontro, uma companhia arriscada de que podíamos tirar grandes emoções, coisas boas, mas igualmente consequências inquietantes e dolorosas."

Sandor Márai, in 'A Mulher Certa'




Excesso de Leitura

"Existem dois modos distintos de ler os autores: um deles é muito bom e útil, o outro, inútil e até mesmo perigoso. É muito útil ler quando se medita sobre o que é lido; quando se procura, pelo esforço da mente, resolver as questões que os títulos dos capítulos propõem, mesmo antes de se começar a lê-los; quando se ordenam e comparam as ideias umas com as outras; em suma, quando se usa a razão. Pelo contrário, é inútil ler quando não entendemos o que lemos, e perigoso ler e formar conceitos daquilo que lemos quando não examinamos suficientemente o que foi lido para julgar com cuidado, sobretudo se temos memória bastante para reter os conceitos firmados e imprudência bastante para concordar com eles. O primeiro modo de ler ilumina e fortifica a mente, aumentando o entendimento. O segundo diminui o entendimento e gradualmente o torna fraco, obscuro e confuso. Ocorre que a maior parte daqueles que se vangloriam de conhecer as opiniões dos outros estuda apenas do segundo modo. Quando mais lêem, portanto, mais fracas e mais confusas se tornam as suas mentes. "

Nicolas Malebranche, in 'Procura da Verdade'




A Memória da Leitura

"Não há talvez dias da nossa infância que tenhamos tão intensamente vivido como aqueles que julgámos passar sem tê-los vivido, aqueles que passámos com um livro preferido. Tudo quanto, ao que parecia, os enchia para os outros, e que afastávamos como um obstáculo vulgar a um prazer divino: a brincadeira para a qual um amigo nos vinha buscar na passagem mais interessante, a abelha ou o raio de sol incomodativos que nos obrigavam a erguer os olhos da página ou a mudar de lugar, as provisões para o lanche que nos obrigavam a levar e que deixávamos ao nosso lado no banco, sem lhes tocar, enquanto, sobre a nossa cabeça, o sol diminuía de intensidade no céu azul, o jantar que motivara o regresso a casa e durante o qual só pensávamos em nos levantarmos da mesa para acabar, imediatamente a seguir, o capítulo interrompido, tudo isto, que a leitura nos devia ter impedido de perceber como algo mais do que a falta de oportunidade, ela pelo contrário gravava em nós uma recordação de tal modo doce (de tal modo mais preciosa no nosso entendimento actual do que o que líamos então com amor) que, se ainda hoje nos acontece folhear esses livros de outrora, é apenas como sendo os únicos calendários que guardámos dos dias passados, e com a esperança de ver reflectidas nas suas páginas as casas e os lagos que já não existem."

Marcel Proust, in 'O Prazer da Leitura'



Autor: Anne Frank
Editora: Livros do Brasil


“Há alguns dias, enquanto passávamos pelo nosso bairro, o papá começou a falar em irmos para um esconderijo.(…)
­- Bom, Anne, – respondeu-lhe o pai – sabes que há mais de um ano que levamos roupa, comida e mobília para casa de outras pessoas. Não queremos que as nossas coisas sejam apanhadas pelos alemães. Nem queremos cair nas garras deles. Por isso partiremos por vontade própria, em vez de esperarmos que nos venham buscar à força.”

E agora? Será que irão ser descobertos? O que lhes acontecerá? Sobreviverão no esconderijo? Onde é o esconderijo? E como é?
Aconselho a leitura deste livro a todos, grandes ou pequenos. Mostrar-vos-á o dia-a-dia de quem viveu escondido durante a segunda guerra Mundial. Quem chega a adulto sem o ler, perde uma grande peça do puzzle que é a nossa vida.

Catarina Negrão, 7.ºD (2007/08)

CLUBE DE LEITURA
Leituras 2008


Autor: Anita Naik
Editora: Gradiva


Contrariamente ao que possas pensar, este livro não é mais um daqueles que contam histórias ou previnem a toxicodependência. Este livro é constituído por um conjunto de relatos de jovens sobre as suas experiências com drogas, as causas e os perigos da sua utilização. Aconselho-o, sem dúvida, aos jovens e educadores, pois explica tudo, o que fazer e como fazer, porque a inexperiência pode causar sérios riscos. Não se limita à frase "Não tomem drogas!".Patrícia


Domingos, 9.ºA (2004/05


Autor: Christiane F.
Editora: Livros do Brasil


Este é um livro que se destaca por despertar no leitor várias sensações, por se sentir na pele da protagonista, e a curiosidade de saber o que irá acontecer no desenrolar da história. O facto deste livro ser baseado em factos verídicos torna-o mais interessante, sobretudo para quem gosta de assuntos relacionados com o tema da droga.

Diogo Duarte, 9.ºA (2004/05)

Livros

Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando p’ra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.

Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.

Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,

Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou o que é muito pior por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:

Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.

Caetano Veloso

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12 livros sobre os quais dizemos: já li, vou ler, tenho que ler e continuam na mesa de cabeceira

- Picwick Papers de Charles Dickens

- O Homem Sem Qualidades de Musil

- Guerra e Paz de Lev Tolstói

- As Benevolentes de Jonathan Littell

- Crime e Castigo de Fiódor Dostoiévski

- A Vida e Opiniões de Tristram Shandy de Laurence Sterne

- Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust

- Romance de Genji de Murasaki Shikibu

- Dom Quixote de la Mancha, Miguel de Cervantes

- Os Lusíadas de Luís de Camões

- Odisseia de Homero

- Bíblia Sagrada de A.A.V.V.


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História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar

Uma leitura dos “oito aos oitenta”
A aventura do gato Zorbas e da gaivota, com penas cor de prata, que ele ensinou a voar, é muito mais do que uma simples história. O leitor encontra neste “pequeno grande livro” valores como a amizade, o respeito pela diversidade, a cooperação e a superação das dificuldades. As duaspersonagens principais desta maravilhosa fábula transmitem-nos, com a sua coragem, uma mensagem de esperança. Uma narrativa com uma ternura deliciosa e comovente que faz deste livro um segredo para partilhar com os melhores amigos.
“História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar” é um livro da autoria do escritor chileno Luís Sepúlveda, um mestre da narrativa. Trata-se de um autor com uma sensibilidade extraordinária, com um estilo próprio e de elevado valor literário. Numa escrita clara e acessível oferece-nos uma história improvável, capaz de encantar os leitores de todas as idades. O autor constrói um enredo onde aborda ainda o grave problema ambiental das marés negras e as suas consequências, numa narrativa que conduz o leitor a uma reflexão sobre a sua responsabilidade individual e colectiva nesta e noutras questões.

AMITAF

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A solidão dos números primos


Segundo a regra matemática, os números primos apenas são divisíveis por si próprios, ou por um, nunca por um outro número. Na contínua passagem da cadência numérica até ao infinito, surgirão sempre, inesperados e sós, novos números primos, condenados a uma solidão que os encerra incompreendidamente em si mesmos. Ainda que possam experimentar diversos cálculos, não lhes é permitida a divisão com outros iguais ou semelhantes. Aproximam-se dos seus iguais, mas jamais terão a possibilidade matemática de alguma vez se tocarem. Existem pessoas que também assim o são, números primos, solitárias e encerradas numa bolha estanque, inultrapassável, invisível, que as mantém sós e as impossibilita, condenadas por uma razão matemática, que se dividam com outras, relacionando-se no silêncio da aproximação. Entregues intemporalmente a si próprias, no que as mantém e corrói, esta é uma apaixonante história que se constrói numa base matemática e nos transporta humanamente para a condenatória dimensão da solidão dos números primos.

(martin jusefus)


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Fome

Existe uma fronteira que qualquer Homem jamais deveria transpôr, aquela que impõe o seu não regresso, ou quando de lá volta ninguém.
"Fome" é um fascinante romance que numa narrativa alheia às regras da temporalidade, descreve a história de um homem que forçadamente desce ao abismo da miséria e do delírio, e percorre um trilho sinuoso e austero, vivênciando na carne e na alma a mais primária e básica sensação de desconforto do ser animal, que dissipa a racionalidade, Fome. Paradoxalmente, esta personagem impõe a si próprio um jogo de aparências e regras para com a sociedade, o que o obriga a acupular uma máscara, que esconde um rosto faminto, mas projecta uma aparência supérfula. Sem se desencontrar na totalidade de si mesmo e da sua verdadeira natureza, esta personagem ergue-se, apesar das parcas forças, nas bases da honestidade e da compaixão para com o próximo, numa constante procura do seu eu. É um livro que num retrato magistral, desvenda uma parte do imenso fundo que sustém o Ser Humano.


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O Viajante Cego

“Uma história pode parecer improvável e ser verdadeira”.

Esta afirmação caracteriza de modo sucinto a vida de um viajante, James Holman, que sozinho, cego, sem conhecimento prévio das línguas locais e com escassos recursos económicos dedicou a sua vida a palmilhar o mundo inteiro, tendo percorrido mais de 400 000 km. Para a sua época (séc. XIX) James Holman trilhou um caminho que equivale a uma ida à lua. Assim o considera o escritor Jason Roberts, que após inúmeras investigações publica a biografia daquele que ficou conhecido como o Viajante Cego. Um exemplo de coragem, de alguém que não se intimida perante os obstáculos ou extremas dificuldades e os transforma sabiamente em desafios. É a história de um homem que luta com grande determinação para atingir os seus objectivos.
O leitor encontra nesta obra um homem que ultrapassou não só a cegueira física mas também terríveis atrocidades e interferências das autoridades, quando decide realizar uma viagem de circum-navegação. Uma obra de leitura agradável, com humor e aventura que nos transporta a alguns dos locais mais recônditos do planeta pela mão de um homem com uma sensibilidade extraordinária.

Fátima Sousa




Farmacêutico de formação académica, Carlos Drummond de Andrade soube ao longo da sua vida de escritor manusear com mestria química a língua portuguesa como cronista, contista e principalmente como poeta de eleição, captando os sinais do seu tempo, nutrindo-se dos escritores modernos, mas principalmente frequentando os clássicos. Sua escrita é reduzida ao essencial, desprovida de adjectivos, que repudiava, o que lhe permite intentar a descoberta das pessoas reais e de tudo aquilo que foge às aparências, e recuperar para os seus versos o absurdo e o insólito. Chama a atenção para os humildes e para o seu interminável labor servil. Celebra o gosto de viver, o amor e a natureza, e abdica da divindade das coisas e dos seres. Mostra-se com o seu estilo contraditório sem rebuço, afectivo e implacável, lúcido e irónico, generoso e reservado.

J. P. Cruz



Sandor Márai é um escritor singular, detentor de uma capacidade ímpar de conseguir construir uma literatura que plasma nas primeiras palavras, e mantém na continuidade das sucessivas linhas que tingem as páginas dos seus livros, uma estética de elegância, charme e profundidade, na vivência, emoções e sentimentos partilhados entre as personagens. Em jogos de relações sentimentais, este escritor constrói em cada personagem uma profundidade única e individual, captando das profundezas e elevando à superfície da narrativa, as suas mais interiores emoções e os seus mais íntimos sentimentos, enquanto seres sociais e emocionais que se relacionam, sentem e sofrem...

(martin jusefus)



A Herança de Eszter

“Durante vinte anos Eszter viveu uma existência cinzenta e monótona, fechada sobre si própria, esperando a morte e sonhando com o retorno de um amor impossível. Até ao dia em que, inesperadamente, recebe um telegrama de Lajos, o único homem que amou e graças ao qual encontrou, por um breve período, sentido para a sua vida. Grande sedutor e canalha sem escrúpulos, Lajos não só traiu Eszter como destruiu a sua família, tirando-lhe tudo o que possuía. Agora, depois de uma ausência prolongada regressa, e Eszter prepara-se para o receber comovida e perturbada por sentimentos contraditórios.
Fonte: Wook



“A Sombra do Vento" é um fantástico romance que transporta o leitor na transversalidade profunda de uma fascinante história, sobre os livros e as relações humanas, desenhada em contornos de inspiração gótica. Na misteriosa e nostálgica cidade de Barcelona dos anos quarenta, o autor explora, através dessas mesmas relações entre as personagens, sentimentos fortes e profundos, como o amor, a amizade, a nobreza, o ódio e o perdão. Numa dimensão que se pode considerar mágica, sem contudo negligenciar as premissas que constroem a realidade, esta história tatua no leitor a sensação de incapacidade de definição da fronteira concreta, que estabelece o limite da importância e do amor que um Ser Humano pode nutrir pelos livros e, simultaneamente, a profunda mudança que estes podem operar na sua vivência, quando ao sequestrarem a sua atenção, resgatam a sua alma. Um livro que ensina a amar os livros.

(martin jusefus)





Retornados: um amor nunca se esquece

“Retornados: um amor nunca se esquece”, é um romance da autoria do jornalista Júlio Magalhães. Numa escrita clara e acessível o autor oferece ao leitor uma nova perspectiva daquilo que foi a descolonização portuguesa e reconhece o valor de todos aqueles portugueses que regressaram ao seu país com o carimbo de “retornados”. O autor a partir do drama vivido por milhares de famílias e das suas recordações de infância, em África, constrói um enredo onde a par do romance encontramos um relato da maior ponte aérea de que há memória em Portugal.

Fátima Sousa





Ler Manuel Teixeira Gomes é tomar contacto com um Algarve que já não existe. Daí a importância de ler qualquer texto de escritor algarvio, pois só assim ficamos a saber o que se perdeu desde então neste pedaço de país. E Teixeira Gomes não perde tempo a desenhar personagens, antes descreve um Algarve sensual, modorrento, de mulheres embiocadas, de homens com chapéus de abas largas, desconfiados e protectores da sua prole; nada inventa, pois tudo o que escreveu foi o que realmente viveu e observou no Algarve e nos países por onde viajou e residiu.



J. P. Cruz

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Classificarmos esta obra como uma autobiografia ou memórias seria demasiado redutor.

O prazer que senti ao ler foi gerado pelo jogo narrativo usado pelo autor conjugado com o olhar de um homem, fortalecido por uma vida intensa, sobre os momentos de epifania e trevas da sua vida. As memórias são os fragmentos circunscritos num tempo de encontro e desencontro com as pessoas/personagens que dão sentido à sua vida.

Contudo, estas personagens, avós, pais, familiares, companheiros de kibutz, amigos, outros escritores e vizinhos, ganham autonomia e aprisionam os capítulos. As memórias do “re-nascimento” de Israel, como pátria, desde os tempos de protectorado inglês, são apresentadas ao leitor pelos percursos sinuosos de cada uma das vidas das pessoas/personagens com diferentes estatutos sociais, origens geográficas, línguas maternas e tradições, que se deslocaram em busca da terra prometida.

Apesar desta assombrosa obra que nos faz reflectir sobre a dimensão e a profundidade da vida humana, que não se confina ao modelo do que é politicamente correcto em cada época/geração, ainda não foi este ano que Amos Oz ganhou o Nobel da Literatura.


Clube de Leitura “Ler para Viver”


Ler para sentir emoções. Ler para pensar e descobrir novos rumos na vida. Ler para saber o que se esconde para lá do reflexo das coisas. Como nos inspirou Albert Manguel, “LER para Viver”.

O Clube foi criado em 23 de Abril de 2003. A ideia nasceu entre alguns bibliotecários do Algarve que, junto dos leitores mais assíduos das suas bibliotecas, fizeram germinar a ideia.

Em São Brás de Alportel conjugaram-se vontades. O nosso querido e sempre amigo João Belchior Viegas (1926-2004), que lera muito, traduzira e até compartilhara muitos momentos com vários autores de reconhecido mérito literário, foi a figura-chave para dar ao Clube a matriz de crítica literária e estética.

Como a qualquer outro Clube, aderem os amantes, neste caso, quem tem paixão por ler, mesmo quando se recusa a ler determinado autor ou género literário. Associam-se os que sentem prazer em falar de livros e partilhar pontos de vista diferentes ou opostos.

Reunimos na última sexta-feira de cada mês, às 21h30, na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal.


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VER MAIS:

- Outubro 2009: Sándor Márai

- Agenda do Clube de Leitura (2009/10)

- Novembro 2008: Carlos Drumond de Andrade

- Agenda do Clube de Leitura (2008)

- De Leitor para Leitor

- MARÉ de IDEIAS


Qual é a história dos Bibliodesafios?

Desde que nasceram, no ano 2000, os Bibliodesafios exibiam-se em folhas de papel A4 escritas a computador, afixadas nas paredes exteriores da Biblioteca Escolar ou nas paredes interiores de um stand na Feira do Livro. Era daí que piscavam o olho aos jovens apanhados desprevenidos.

Em 2005, passaram a expor-se nas páginas de um jornal local, “O Sambrasense”. Foi desta forma que, sem pedir licença, se menearam pelas casas dos são-brasenses e pelos locais públicos. Sorriram para gente de todas as idades.

Agora, vão mesmo de modas! Desfilam da maneira mais cool da actualidade - têm blogue próprio e uma caterva de fãs a autografá-los. E tu podes ser um deles!...

O que são os Bibliodesafios?

- Tornam os livros vaidosos…

- Alimentam a vontade dos curiosos…

- Tratam por “tu” todos os corajosos…

- Empurram p’rà frente os ociosos…

- E acabam com os comichosos…

- São uns desafios mesmo “desafiosos”!…

Abanca-te e lê!

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BIBLIODESAFIOS PUBLICADOS:

Eragon

Autor: Christopher Paolini
Editora: Gailivro


Eu não sei qual é o teu tipo de leitura preferido, mas o meu é este: dragões, feiticeiros, mágicos e aprendizes. Não é por ser um livro de muitas palavras que o vais deixar de ter e ler; não é por não ter imagens que o vais deixar de ver... Pelo contrário, pois o seu conteúdo é magnífico.

Tiago Gaspar, 9º A (2004/05)

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OUTROS BIBLIODESAFIOS


Autor: Álvaro Magalhães 
Editora: Asa

Desta colecção aconselho o livro "Pelos teus lindos olhos", porque tem uma história engraçada que provoca muito interesse. Trata de um rapaz que se apaixona por uma rapariga muito estranha. O Diabo "em pessoa" também entra nesta história. O que será que o Diabo tem a ver com a rapariga? A leitura deste livro ajudar-te-á a descobrir a resposta.

Eliana Monteiro, 8.ºC (2004/05)


Autor: M.ª Teresa Maia Gonzalez
Editor: Verbo

Joana tinha uma vizinha, a sua melhor amiga, que morreu por causa da droga. Neste livro, escrito em forma de cartas, o mais interessante é descobrirmos que, se gostamos de transmitir a nossa imagem aos nossos colegas e em casa somos completamente diferentes, identificamo-nos muito com a Joana. É um livro de fácil compreensão e que provoca em ti uma grande vontade de ler. Se começas a lê-lo, nunca mais consegues parar, porque queres saber o fim. Porém, se saltas folhas, perdes momentos incríveis da história.

Bruno Viegas, 8.ºC (2004/05)


Autor: Sue Townsend
Editor:(Difel)


Este é o 1º título de uma colecção magnífica de 5 livros para todas as idades. Até aqueles que não gostam de ler passarão a rir com a activa e divertida vida do jovem Adrian, até à idade adulta. A originalidade destes livros encontra-se na maneira do protagonista explicar, nos seus diários, todos os pormenores da sua vida, a maioria deles comuns aos rapazes da sua idade. Nem imaginas o que está escrito nestes livros!...

Carlota Patrício, 9.ºA (2004/05)


Autor: Marta Gomes e Nuno Bernardo
Editora: Presença

Gostavas de ler o diário de uma rapariga? Então embarca na aventura de ler os 6 livros desta colecção. Coloca-te no lugar de Sofia, vive as suas aventuras amorosas e os seus problemas, independentemente se és rapariga ou rapaz, e sobretudo se não gostas de ler. É que todos os volumes se baseiam em histórias verídicas vividas por uma rapariga de 17 anos, chamada Sofia Afonso. Ela, a sua família e o seu grupo de amigos vão divertir-te muito.

Adriana Santos, Ana Lopes e Cátia Figueira, 8.ºC (2004/05)


Autor: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Editora: Caminho

Viajar pelo interior de África foi um sonho que demorou séculos a realizar, pois os Europeus encaravam o coração de África com verdadeiro pânico. Porém, os Portugueses fizeram-se a esse medo e descobriram a sua vocação de navegadores não só no mar, mas também na terra. Neste livro, a máquina do tempo do Prof. Orlando leva o João e a Ana, juntamente com os leitores, a acompanhar as peripécias da comitiva de Serpa Pinto, que foi, por terra, das costas do Atlântico às costas do Índico, sempre a pé. Através da leitura deste livro, vive tudo como se passou.

Tiago Henriques, 8º C (2004/05)


Autor: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Editor: Caminho


Pela experiência que tenho como leitora, este foi o livro que mais gostei de ler, porque me marcou pela forma de ser de uma das personagens, com que logo me identifiquei. Aconselho a leitura deste livro a todos os que gostam de escrever diários ou que têm os seus amigos longe ou ainda que não têm nada de interessante para fazer.

Suse Pina, 8º C (2004/05)

          
Autor: J. R. R. Tolkien
Editora: Europa-América

São 3 os volumes que compõem esta colecção. Trata-se de aventuras baseadas nos tempos antigos e em seres imaginários. As histórias andam à volta de um anel que tem poderes e de várias guerras entre o Bem e o Mal. Aconselho-te vivamente a leitura destes livros.

Samuel Bárbara, 8ºC (2004/05)

        

Autor: Philip Pullman
Editora: Presença


Para todos os amantes de "Harry Potter" ou "O Senhor dos Anéis" há mais esta colecção para ler. Os livros são sobre mundos fantásticos e grandes aventuras vivivdas por Lyra, uma rapariga esperta e corajosa com quem facilmente nos identificamos através da leitura.

Rita Viegas, 8º C (2004/2005)


Autora: J. K. Rowling
Editora: Presença


Sabes qual é a maior atracção do mundo da magia? É Harry Potter, um jovem feiticeiro que luta pela sua sobrevivência tentando vencer todo o mal. Aconselhamos a sua saga a todos os jovens com mais de 10 anos e também aos adultos. Esta colecção já tem 5 livros, e a autora garante que ainda vai escrever mais 3. São livros repletos de acção, magia e aventura - talvez tenha sido por isso que os devorámos em três tempos. Apesar de alguns destes livros já terem sido adaptados ao cinema, lê primeiro o livro e vê o filme depois, pois damos-te a nossa palavra de que não te arrependerás. Põe um pouco de magia na tua leitura!

Henrique Gouveia, Pedro Cabrita, Susana Gonçalves e Tiago Lima, 8º C (2004/05)



Autor: Virginia Andrews
Editora: Círculo de Leitores
O que é que eu posso transmitir sobre este livro? Que é o melhor que já li até hoje. E para quem gosta de histórias com muitas emoções da primeira à última página é o livro ideal. A história baseia-se numa família muito unida e feliz até ao dia em que o pai morreu num acidente, deixando os seus quatro filhos com a mãe. Como não tinha dinheiro, ela foi viver para casa dos seus pais, que eram ricos. É a partir daqui que a história começa a ficar mais interessante, porque as crianças ficam trancadas num sótão, isoladas de tudo e de todos... E mais não conto...

Vânia Pires, 9.ºA (2004/05)


Autor: Paulo Coelho
Editora: Pergaminho


Eu não gostava muito de ler, mas ultimamente aprendi a gostar mais. Este livro contribuiu para isso, porque contém certas partes que nos fazem pensar bastante. Conta-nos a vida de um rapaz que tinha sempre um sonho para concretizar, um pouco como todos nós.


Andreia Pedro, 8.ºC (2004/05)


Autor: Luís Sepúlveda
Editora: ASA


Se estiveres indeciso no livro que te fará crescer o gosto pela leitura, aconselho-te este livro, porque resultou comigo. Trata das aventuras que os seres vivos têm uns com os outros e do amor que sentem uns pelos outros, apesar de serem de espécies diferentes. Uma grande lição para o Homem!...

Nuno Martins, 8.ºC (2004/05)


  1. Escolha uma data para começar a ler e respeite-a.
  2. Evite começar por livros considerados literatura light, pois embora o nome seja encorajador não reflecte de todo a realidade e pode destruir a melhor das intenções.
  3. Livre-se de todos os telemóveis, playstation, dvd’s e afins que tenha por perto.
  4. Depois de começar a ler não pode parar sem, pelo menos, chegar ao fim do primeiro capítulo; deixá-lo a meio aumenta consideravelmente o risco de desistir antes mesmo de ter começado.
  5. Para se auto-motivar, pense muitas vezes em todos os benefícios da leitura.
  6. Peça às pessoas que estão à sua volta que não bocejem nem se deitem no sofá a ver os programas de televisão que passam em horário nobre.
  7. Peça ajuda a um profissional - pode ser um livreiro, um editor, um professor, etc. – ou participe em fóruns e blogues da especialidade. Estas comunidades de leitores ajudá-lo-ão a integrar-se mais facilmente na sua nova realidade.
  8. Mude de hábitos, a fim de evitar locais onde possa conviver com pessoas completamente desinteressantes.
  9. Não faça pausas muito grandes e complemente-as com a leitura de um jornal, revista, de banda desenhada ou de uma história infantil.
  10. Parabéns. Se chegou até aqui é porque já é um leitor. No entanto, evite os entusiasmos exagerados, como, por exemplo, passar a considerar-se um intelectual.

in Pó dos Livros

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